terça-feira, 19 de agosto de 2008



Será mesmo irremediável a loucura do ser...
Será mesmo fora do contexto, particípio, principio e fim.
Serão tantos,
Corações de barata... E se for mesmo assim?
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O sorriso hábil, forçosamente ébrio, aniquilando qualquer justificativa aparente ou não aparente. Singularmente singular pluralmente plural, olhos tortuosos, quase oblíquos, perfumados pelo descer e subir de qualquer abano de puro lixo desconexo...
Sorrisos sem sorrir...
Uma crueldade intermolecular metricamente diluída num copo com gim e mel.
Absolutamente decorrente coerente aos subtítulos inexistentes.
Uma roda protegendo o fogo, a quase por completo vela derretida...
Que reis teriam sido os tais donos de tantos trajetos e por completo aborrecimentos...
Sorrisos e sorrisos... e formas..Uma espreguiçadeira no canto do quarto...perfeita conclusão de nada decorrente de nada ,que suavizavam o cheiro podre,com poses de alguém que estava a fotografar..horas..minutos...segundos...milésimos...centésimos...décimos...unidades de tempo...não se ouvia um só som. E barulho maior não existia no momento...
Era à hora de escolher o copo, limpar o chão, cozinhar o jantar e servir como prato principal a própria cabeça.
Carolina Belha....C....B
tela- PORTINARI

sábado, 16 de agosto de 2008

canção da partida

Ai, ai que saudade eu tenho da BahiaAi, se eu escutasse o que mamãe dizia"Bem, não vá deixar a sua mãe aflitaA gente faz o que o coração ditaMas esse mundo é feito de maldade e ilusão"Ai, se eu escutasse hoje não sofriaAi, esta saudade dentro do meu peitoAi, se ter saudade é ter algum defeitoEu pelo menos, mereço o direitoDe ter alguém com quem eu possa me confessarPonha-se no meu lugarE veja como sofre um homem infelizQue teve que desabafarDizendo a todo mundo o que ninguém dizVejam que situaçãoE vejam como sofre um pobre coraçãoPobre de quem acretidaNa glória e no dinheiro para ser feliz

Dorival Caymmi

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

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Uma forma feita, absorvida a tais concessões. Uma inutilidade paralisada,adversa a coesão.Aparentemente congruente ao certo?
Parasitas visíveis por trás do lazer parafusado, anacrônico e quase sempre igual. Rente,perfurando em aberto vagas horas num senso high-tech.
Comum a todos, extraordinariamente fácil, num difícil marasmo pré-colombiano difundindo no coll and fake plastic
.Manseã, au revoir, please...
Olvido podre cheirando a calvin clain...Um Renoir na parede, adstringente,o observador a la caverna do dragão pendurando lençóis no varal.Jogo de abreviações,cervejas geladas custeando o principio ativo sólido,líquido,gasoso...Constituindo indiretamente no declive, ao livre declive idiota. Coordenado por razões politicamente involuntárias, aos dragões órfãos da submissão.Um tédio pudico feito para coroar espectadores afluentes deste tal abismo?Uma urgência definida por osmose
tela.cezzane

sábado, 9 de agosto de 2008

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ANTIQUI AURORA


fora o que me haure
fora o ar em que ardo
das artérias minem acesas manhãs

ora ainda destempero
em flor o tempo flamo ao que chama
contemple-se ora
o quanto a que aero
o vento acenda
aquele outro aureo
o canto que impele
todo em pós em luzo
agora amor em mim
hálito divino ânfora afora


elson fróes




Hoje busco qualquer rastro que seja de algum cheiro, pomas, poemas ou mesmo o silêncio;
Procuro a mistura qualquer absoluta, no ar. fora..dentro...fora ...dentro
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tela-escher